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Apenas 9 dias!!!! A festa vai começar!!
Abertura e história!
Mantendo as tradições, na quinta-feira de Carnaval, dia 3 de março, o prefeito João Henrique de Barradas Carneiro vai entregar a chave da cidade ao Rei Momo.
Logo depois, um rufar de tambores anuncia o início oficial da festa, em homenagem ao tema do Carnaval 2011, "A Percussão".
No sábado, dia 5, Carlinhos Brown vai comandar uma composição percurssiva com todos os blocos Afros Tradicionais, com a participação do grupo americano "Blue Man Group".
No último dia de festa, terça-feira, dia 8, terá Margareth comandando o Trio em Homenagem à Mulher, comemorando o Dia Internacional da Mulher.
A novidade para esta edição da maior festa de rua do planeta, será a instalação de arquibancadas populares no final do circuito em Ondina.
Há duas semanas do Carnaval, o circuito da Barra acaba de oficializar uma espécie de subcircuito da folia e mais um dia de farra: será o Circuito Sérgio Bezerra de Carnaval Acústico, que abre o reinado de Momo, na quarta-feira, dia 2 de março, com cordões instrumentais puxados pela banda Habeas Copos.
E o Carnaval da Barra só cresce, mesmo que há 18 anos ninguém consiga fechar questão sobre quem foi exatamente o artista ou o primeiro grupo de carnavalescos que desceu a avenida Sete de Setembro em direção à orla marítima para espalhar o reinado de Momo por aquelas plagas.
Porém, o que, a princípio, era o espaço de despretensiosos folguedos à beira-mar, virou o pedaço mais charmoso e disputado da folia baiana, que atrai, anualmente, centenas de milhares de foliões e movimenta vultosas somas, repartidas entre espaços publicitários, camarotes pagos, blocos e mercado informal.
No meio das versões para a criação do Circuito Dodô, mais conhecido como Barra-Ondina, existem três histórias de destaque, que podem ser divididas como: os primórdios do Carnaval; sua constituição propriamente dita; e a primeira artista que encampou descer para o circuito, quando ele ainda não parecia uma boa ideia.
PANE
Reza a lenda que o Carnaval na Barra começou por causa de uma pane e remonta a 1979, primeiro ano do bloco Camaleão. Antes de colocar o bloco na rua, o gerador quebrou e foi um deus-nos- acuda. Dois anos depois, para evitar o mico de dar qualquer coisa errada, os diretores do bloco resolveram fazer uma espécie de test drive pela orla marítima de Salvador, na faixa entre Ondina e o Porto da Barra – sim, o circuito era invertido e permaneceu assim por um bom tempo.
Foi o Banho de Mar à Fantasia do Camaleão, num trio elétrico com pintura lateral de Bel Borba e moldado em fibra de vidro. O trio fez um trajeto de ida e volta, numa espécie de cortejo, acompanhado de seis caminhões.
Estava plantado o embrião da coisa, mas não havia nada formalizado, um circuito propriamente dito. Ele só começou a tomar forma dez anos depois, a partir da visão do empresário Jorge Roque, 43 anos, tachado de maluco à época. Ele era dono do bloco Bróder e já sentia que o circuito do Centro andava apertado demais para o fluxo que o Carnaval baiano adquirira depois da explosão da axé music.
“Na Avenida já tinha 26 blocos, eu seria o 27º da fila, imagine... Impossível!”, começa um animado Roque, como todos o conhecem. “Foi quando eu anunciei aos amigos que ia descer a Ladeira (da Barra), e todos me acharam louco. Aí, decidi fazer um laboratório com o Bróder: saí na sexta com Daniela (Mercury) e no domingo, segunda e terça aluguei um trio – vendi uma casa para bancar esse trio, o Lua Nua – e fui independente, com a banda Bróder”, conta.
O sucesso foi total. “Os comerciantes da Barra até fizeram um jantar para nós, depois do Carnaval, em agradecimento”, orgulha-se Roque.
SENTIDO INVERTIDO
Ele recorda que, antes disso, normalmente blocos como Olodum e Ara Ketu passavam no sentido Ondina-Barra, para subir até a Avenida. “Eles iam tocando, aquecendo até chegar no circuito. Mas não se sabia horário, era esporádico, não havia desfile formal. Nós fizemos um bloco e levamos a galera pra lá”, diz o empresário, hoje afastado da folia, mas que foi presidente da Associação de Blocos da Barra por uma década. Além de levar o Carnaval, de maneira irrevogável, para a brisa marítima da Barra, Roque ainda se vangloria – com razão – de ter dado a ideia que transformou o circuito no que conhecemos hoje em dia: mudar o sentido de Ondina-Barra para Barra-Ondina.
“As pessoas se queixavam de que a Barra é violenta e, na época, os diretores de bloco e a prefeitura fizeram uma reunião para decidir o que fazer. Então, eu disse que o Carnaval era violento porque o que se fazia era um funil: trazia as pessoas de Ondina para uma Barra estreita, onde não cabia todo mundo. Falei que a onda era sair do Farol e desaguar em Ondina. Eu matei a charada. Acabou a reunião na mesma hora!”, diz Roque, rindo.
Desbravadora É mais ou menos nesse momento, em 1996, que entra Daniela Mercury, 45 anos, a “desbravadora” do Circuito Dodô. E La Mercury aceitou o risco de, no auge da primeira onda de sucesso de sua carreira, migrar para uma área ainda não consolidada pelo mesmo motivo que levou Roque a abrir o flanco beira-mar: a falta de espaço no trajeto na Avenida.
“Havia poucos espaços na Avenida para entrar blocos, houve um loteamento da Avenida como aconteceu com a Barra, hoje”, explica Daniela. Circuito lotado, rua cheia, não havia espaço para novos blocos e artistas. “Então, convenci o Crocodilo e fui destemida, em 1996. Não havia nada na Barra, e todos diziam: ‘Você vai descer sozinha, tá louca?’ Os associados não queriam descer, muitos devem ter deixado o bloco por causa disso, foram anos cativando público, e não tinha imprensa. Mas, mesmo assim, eu fui. Desbravei, mesmo!”.
Daniela foi para o Circuito Dodô e não voltou mais. E ela, dona de um dos camarotes mais disputados na área, gosta de dividir a sua carreira como antes e depois de desfilar na Barra. “Os primeiros cinco anos foram bastantes estranhos, para quem estava acostumada a pegar o circuito lotado. Mas fui notando que as pessoas gostavam de descer, vir para a praia de noite... Meu sonho era fazer esse circuito, sempre gostei de cantar de noite, e é um circuito mais fresco, na beira do mar, o que é mais bonito ainda”, diz.
Farra acústica abre Carnaval 2011 na Barra
Charangas, bandas de sopro e percussivas e o clima dos antigos carnavais vão tomar conta da Barra na quarta-feira, 2 de março, um dia antes do reinado de Momo se instalar. Será o Carnaval Acústico, que também inaugura o subcircuito Sérgio Bezerra, novo percurso alternativo e exclusivo para bandas de fanfarra, batizado em homenagem ao fundador da banda Habeas Copos, que há 33 anos abre, ainda que extraoficialmente, o Carnaval.
O cortejo sairá do Farol da Barra, vai pela orla até o Cristo e volta, pela rua Marquês de Leão, ao bar que dá nome à banda. Além da Habeas Copos, desfilam os grupos Concentra Mas Não Sai, Cachasamba, Gravata Doida, Dibarabar, Integramed, Jegue Enfeitado, Pinguço, Preliminar, Quero Mais e Vai Braceta.
Ivete Sangalo :
Ivete Sangalo decidiu fazer um city tour pelas ruas de Salvador para apresentar as novidades do seu bloco para o Carnaval deste ano. Movido a biodiesel, a baiana apresentou seu novo trio: o “Demolidor Y”, politicamente ecológico, que virá inspirado em um tipo de mp3.
Falando em inspiração, a cantora decidiu se auto-homenagear e o tema do bloco será “Hoje é dia de Ivete”. "É um ano de elevar a auto estima, estou muito feliz. Nada mais justo que, depois de homenagear tantas coisas, homenagear a gente mesmo. Não Ivete figura, mas todo o nosso trabalho, os fãs, tudo isso”, afirmou.
A morena disse que espera contar com alguns convidados internacionais, mas não quis revelar nenhum nome porque ainda não tem nada fechado. “Talvez a Nelly Furtado venha. Ela quer vir com a família, mas acho muito leviano da minha parte falar qual desses artistas internacionais vão vir porque a agenda deles é cheia", contou.
Com relação à estreia da turnê do DVD gravado no Madison Square Garden, Ivetinha espera contar com os amigos que fizeram parte do projeto. "Minha ideia é trazer os mesmos convidados para o show de estreia. Metade das pessoas já confirmaram presença", revelou. A turnê terá início no dia 27 de março, em Salvador.
A musa falou também sobre a polêmica em torno do processo do ex-integrante de sua banda, Toinho Batera, e os boatos de sua empresa. "Tem muita especulação e muito boato, mas a Caco na Telha é uma empresa séria e não vamos dar ouvidos”, afirmou.
http://www.carnaval.salvador.ba.gov.br/2011/Programacao/CircuitosOficiais2011.asp
por Adaisa Cortes
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