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Zank Boutique Hotel

O Rio Vermelho, tradicional bairro de Salvador, tem sua história atrelada aos primórdios da ocupação européia no Brasil. Localizado em terras Tupinambás, daí o nome cuja origem COMORO (vermelho) IPE (rio), fazia alusão às águas barrentas e piscosas desse rio que desaguava no oceano. Não longe da foz, na pedra da concha, iniciou-se a saga de Diogo Álvares Correia, mais conhecido como Caramuru. Com sua favorita tupinambá, batizada Catarina Paraguassu, ele fez história nas novas terras lusitanas. Levados à França por Jacques Cartier em 1527 numa missão comercial, eles por lá passaram uma longa temporada onde a bela Paraguassu foi, inclusive, introduzida à corte francesa. Caramuru ocupou um papel de peso no início da colonização, acreditando plenamente no domínio francês do Atlântico Sul. Não se sabe com precisão onde acaba a realidade e começa o mito, mas a lenda desse primeiro casal miscigenado instiga nosso imaginário, e o Zank não poderia deixar de propor uma atmosfera inspirada na legendária Paraguassu e seus “penchents” franceses.

Já no começo do século passado, o Rio Vermelho tornou-se um balneário da boa sociedade de Salvador, e firmou-se, com o passar do tempo, como bairro de artistas e intelectuais de peso, como nosso casal Amado, Jorge e Zélia, João Ubaldo Ribeiro, Caymmi, Caribé, Wilson Lins, Mário Cravo, Cid Teixeira e tantos outros grandes nomes. Não longe do Zank, avista-se o “pouso” baiano de Caetano Veloso.
Um “muro da memória” na sala do restaurante homenageia esses personagens ilustres ou anônimos que deram vida e prestígio a esse bairro e à Bahia.

Judith Pottecher


http://www.zankhotel.com.br/pt-br/

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